Salvador: Avisa lá que eu vou!

29/03/2018

Salvador é a cidade mais exótica que você pode conhecer no Brasil.

Qualquer atividade corriqueira, ir à praia, comer, participar de uma festa, pode requerer um mergulho cultural. Mas por outro lado, muita coisa vai lhe parecer familiar: Salvador é a cidade fora do eixo Rio-São Paulo que mais influencia a cultura de massa brasileira.

A capital baiana também é a porta de entrada para um verdadeiro corredor de resorts no litoral norte – de Itapuã à Costa do Sauípe, passando por Praia do Forte e Imbassaí. Atravessando a Baía de Todos os Santos chega-se a Itaparica e, seguindo para o sul, a um dos trechos mais bonitos do litoral brasileiro: a Costa do Dendê, onde estão Morro de São Paulo, Boipeba e Barra Grande.

Mas antes de seguir viagem, demore-se pela cidade. Depois de um período de baixa auto-estima, Salvador está se recuperando a olhos vistos: a Barra e o Rio Vermelho ganharam nova urbanização, e neste verão é a vez de estrear a nova orla de Piatã.

Quando ir

Salvador entra no auge com o início das festas de largo. As primeiras são Santa Bárbara (Iansã), dia 4 de dezembro, e Nossa Senhora da Conceição da Praia (Oxum), dia 8 de dezembro. A Lavagem do Senhor do Bonfim ocorre na segunda 5a. feira depois do Dia de Reis; e a procissão de Iemanjá, dia 2 de fevereiro. O Carnaval nada mais é que a apoteose da temporada de festas. Depois dele, Salvador descansa.

Para aproveitar a energia de Salvador sem a bagunça (nem os preços) do Carnaval, vá em janeiro, quando tudo acontece e as diárias são relativamente camaradas. (E a propósito: o Réveillon em Salvador é uma pechincha, quando comparado aos resorts das praias do litoral norte.)

Em agosto acontece uma das mais lindas celebrações no interior: a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte, em Cachoeira, repleta de tradições sincréticas afro-baianas.

O que fazer

O melhor dia para ir ao Pelourinho é a terça-feira, mais conhecida como Terça da Bênção. Chegue à tarde e fique para a missa afro na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, às 18h, e o show de Gerônimo, que agora apresenta se apresenta no Largo Pedro Arcanjo. Já o dia para ir ao Bonfim – de branco, claro – é a sexta-feira. Dá para ir com o Salvador Bus.

No front cultural, assista ao belíssimo espetáculo do Balé Folclórico da Bahia no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho (de 3ª a domingo às 20h, R$ 50). Ao entardecer de sábado, a Jam no MAM tem boa música e gente interessante. Consulte a programação dos jornais para ver peças e shows.

O pôr do sol no mar é um espetáculo que pode ser visto de vários camarotes. Os mais populares são o Farol da Barra e a praia do Porto da Barra. O mais distante, a Ponta de Humaitá, pros lados do Bonfim (vá ao Bonfim, almoce tarde num dos restaurantes da Pedra Furada, tome um sorvete na Sorveteria da Ribeira, termine na Ponta de Humaitá para ver o sol se pôr). Querendo uma bebidinha e serviço de garçom, pense no Acqua Café (Bahia Marina), no café da Aliança Francesa (Ladeira da Barra), no restaurante Al Carmo (no Carmo) ou no bistrô Pedra da Sereia, no comecinho do Rio Vermelho (voltado para Ondina).

E numa noite de quinta ou sexta, vá até a Mouraria para comer lambreta -- o delicioso molusco que parece só viver na Bahia -- num dos bares com mesas no meio da rua.