Road Trips: pelos caminhos da região Centro de Portugal

29/06/2020

Com o verão e respetivas férias à porta, esta é a altura de o fazer e de se surpreender com tudo o que pode conhecer no país, ou voltar a visitar. O Turismo Centro de Portugal apresenta oito Road Trips, com sugestões preciosas de viagem (de carro). Esta é apenas uma pequena amostra de um território com muito para descobrir, com a segurança que os novos dias obrigam. Boa viagem!

Beira Baixa
No total são 232 km de estrada com tradições seculares e saberes ancestrais. Conheça dois dos cinco percursos propostos.

De Penamacor a Idanha-a-Nova (70 km)
A viagem pela Beira Baixa inicia-se numa típica paisagem mediterrânica, pintada por cabeços de xisto, pequenas linhas de água, bosques, carvalhais e extensas áreas de azinheira. Respire fundo e aproveite a vista da Serra da Malcata, em Penamacor, onde ainda existem exemplares dos tão raros linces ibéricos. Por entre estradas dignas de filme que atravessam a Reserva Natural da Serra da Malcata, desvie e desfrute da paisagem a partir da Torre de Menagem. Durante 25 km, ao longo da N332 vão surgindo indicações para a próxima paragem: Monsanto. Suba à “Aldeia mais Portuguesa de Portugal”, estacione e prepare-se para uma caminhada de rara beleza pelos caminhos de pedra desta Aldeia Histórica de Portugal.
A poucos minutos de Monsanto, está Penha Garcia. Para além da herança medieval, o maior segredo desta localidade são os icnofósseis, mais conhecidos por “cobras pintadas”. Este é um importante testemunho que, em pleno Geopark Naturtejo, ajuda a compreender o planeta e os seres que o habitavam há mais de 100 milhões de anos. Antes da última paragem desta etapa, aconselha-se um desvio a uma das mais antigas fontes termais do país, as Termas de Monfortinho, onde pode dedicar tempo ao corpo e ao bem-estar antes de seguir viagem. Pegue no carro e conduza até Idanha-a-Velha, outra das Aldeias Históricas de Portugal. Percorra as muralhas romanas, o pelourinho, a Catedral, a Torre dos Templários… Entre por Idanha-a-Nova, onde o adufe é rei e, atualmente, único no país. O instrumento musical é feito com pele de ovelha ou de cabra e montado numa armação quadrada de madeira, dentro da qual são colocadas sementes, areia, soalhas ou mesmo caricas, para enriquecer o seu som característico. É tocado sobretudo por mulheres.


De Vila Velha do Ródão a Proença-a-Nova (35 km)
Vila Velha de Ródão surge, através da N18, enquadrada numa paisagem escarpada. Chegado à vila, rume diretamente ao cais: apanhe um barco e prepare-se para um passeio mágico pelas Portas de Ródão, um incrível Monumento Natural. De barco, a viagem é acompanhada de paisagens inspiradoras e pelas muitas aves que fazem deste lugar casa. De regresso a terra, suba Castelo do Rei Wamba, amaldiçoado, segundo a lenda, por causa de uma trágica história de amor. Na vizinha Proença-a-Nova, encontra um geomonumento a não perder: as Portas de Almourão. O Centro de Ciência Viva da Floresta é a próxima paragem, sobretudo se viajar com crianças. Em Proença-a-Nova aproveite as várias praias fluviais, com destaque para as mais conhecidas: a Praia Fluvial da Aldeia Ruiva, na aldeia com o mesmo nome, e a Praia Fluvial do Malhadal, onde existe o primeiro parque aquático fluvial da Região Centro. Na gastronomia são sobejamente famosos os queijos, os enchidos, o mel, o pão, o azeite e os frutos secos.

Serra da Estrela
Único ponto do país onde a neve marca presença todos os anos, a região compreende 15 municípios espalhados por 315 km.

De Trancoso a Mêda (30 km)
Trancoso, ponto de partida para esta viagem é uma das nove Aldeias Históricas da Serra da Estrela. Suba à torre do Castelo para uma vista deslumbrante e descubra o Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso, dedicado à presença dos judeus sefarditas na cidade. Siga depois pela estrada até Mêda, onde pode apreciar castanheiros e carvalhos cobertos de líquenes. Para além do azeite, também o vinho é um dos cartões-de-visita de Mêda, ainda em plena Região Demarcada do Douro. Outro dos produtos locais de grande reputação é a amêndoa. Continue até à antiga vila templária de Longroiva e desfrute de um momento revigorante no moderno complexo termal dedicado à saúde e ao bem-estar, as Termas de Longroiva.


De Manteigas a Seia (30 km)
No Vale Glaciário do Zêzere, ex-líbris do concelho e da região, a beleza irresistível da cascata do Poço do Inferno e do Covão d’Ametade, junta-se às Penhas Douradas, aos “Trilhos Verdes” (são perto de 20) e à diversidade de desportos de natureza, como BTT, parapente, ciclismo e ultra-trail. É também aqui que se pode conhecer outro tesouro da região: o Burel. Feito unicamente a partir da lã da ovelha bordaleira, o burel é um tecido de impressionante resistência e impermeabilidade, desde sempre associado à Serra da Estrela, à montanha, aos pastores e às suas capas. O caminho até Seia faz-se serra acima, entre corredores de árvores altas e antigas. Uma estrada que não tarda a levar-nos de novo aos maciços altaneiros da serra, com os seus cumes carecas e as suas aldeias de pedra.

Viseu, Dão, Lafões
Ao longo de 205 km descubra um destino onde aldeias antigas, vilas e cidades guardam histórias e conservam os sinais de tempos passados.

De São Pedro do Sul a Tondela (37 km)
Em São Pedro do Sul situa-se a o maior complexo termal do país e um dos mais prestigiados de toda a Europa, as Termas de S. Pedro do Sul. Depois de relaxar aqui e usufruir dos diversos tratamentos com propriedades curativas disponíveis, inicie viagem rodeado pela Serra da Arada, pelo Monte de S. Macário, pela Serra da Freita e pelo rio Vouga, absorvendo cada pormenor do seu encanto natural. Siga pela N16 pelas terras de Lafões até Vouzela. O centro da vila é um repositório de uma herança histórica, natural e gastronómica de elevado interesse. Pare o carro, faça uma caminhada pelo centro histórico da vila e descubra a diversidade do património edificado, da época romana ao barroco. Não perca a oportunidade de comer aqui a famosa vitela de Lafões e o Pastel de Vouzela. De regresso à estrada e à medida que se aproxima da Serra do Caramulo, observe os cenários ímpares, repletos de afloramentos graníticos, florestas e zonas de vegetação rasteira, cascatas e cursos de água cristalina. Faça uma paragem para descobrir as impressionantes coleções de automóveis e de arte do Museu do Caramulo. Depois da visita cultural siga pela N230, em direção a Tondela, sinónimo de terras férteis e planaltos verdes, onde abundam o ar puro e as águas do rio Dão, que para além de inspirar a denominação da região, dá também nome a vinhos únicos. Esta é uma terra de descobertas. Desde as belíssimas praias fluviais, como a da Senhora da Ribeira, ao património histórico, passando pela premiada EN 2 ou pela Ecopista do Dão, uma das maiores da Península Ibérica.

De Mangualde a Castro Daire (94 km)
Em Mangualde respire fundo e prepare-se para subir a escadaria barroca até à Igreja de Nossa Senhora do Castelo. Construída no século XIX, estima-se que ocupe o lugar de um templo anterior, provavelmente devastado durante as Invasões Francesas. Aproveite e visite as ruínas romanas da Citânia de Raposeira e, a partir de 27 de junho, refresque-se na inesperada Live Beach – Praia de Mangualde. O caminho prossegue rumo a norte, pela N329, onde cruzamos o Dão em direção a Penalva do Castelo. Se é apreciador de vinhos, não deixe de visitar a Casa da Ínsua que, para além de estar associada à tradição vitivinícola desde 1852, é também um solar barroco convertido em unidade hoteleira. Em Vila Nova de Paiva é obrigatória uma visita ao Parque Botânico Arbutus do Demo, com mais de 80 000 m2 de mata, floresta e cursos de água, e uma diversidade de mais de mil espécies de plantas. Rume a norte para encontrar Castro Daire, o património milenar, a gastronomia serrana, a natureza intocada e as termas que ajudam a revigorar o espírito. Visite a Igreja da Ermida, também conhecida por Templo das Siglas, e siga para uma paragem final na aldeia de montanha de Campo Benfeito, na Serra de Montemuro. É numa antiga escola à porta da aldeia que se encontra o local onde seis mulheres rodeadas de teares, linho e burel criam peças únicas e singulares, conhecidas e vendidas em todo o país.

Ria de Aveiro
Nesta região, de 170 km, entre Águeda e Vagos, encontra-se Aveiro, com os famosos canais e barcos moliceiros.

De Ílhavo a Aveiro (10 km)
A caminho de Aveiro, encontra dois locais que merecem toda a atenção. O primeiro é o núcleo de casas típicas da Costa Nova, que surpreendem pelas características arquitetónicas e pela decoração colorida da fachada. O segundo é um dos mais surpreendentes museus da região, o Museu Marítimo de Ílhavo. Com arquitetura premiada a nível nacional e internacional, testemunha a ligação da terra ao mar e à Ria de Aveiro, principalmente no que diz respeito à pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Gronelândia. Um dos ex-líbris da visita à cidade é o grande aquário de bacalhaus, que encanta miúdos e graúdos. Seguindo pela EN 109 chega-se a Aveiro, onde passeiam os coloridos e famosos barcos moliceiros. Outrora usados na apanha do moliço (algas usadas na fertilização dos campos), hoje servem para românticos e inesquecíveis passeios. Visite as Salinas de Aveiro e não deixe a cidade sem comer os tão apreciados ovos-moles, doces nascidos das mãos das freiras nos conventos de outrora e que ainda hoje são tradicionalmente feitos em tacho de cobre ao lume.

Da Bairrada a Sever do Vouga (47 km)
Em Macieira de Alcôba, existe uma pequena Aldeia Pedagógica, que remonta à Idade Média, onde poderá descobrir todas as tradições seculares ligadas ao milho. Aprecie a natureza do percurso e não deixe de levar para casa um saco de farinha feita nos moinhos ainda em funcionamento. No caminho, espante-se com uma das mais bem guardadas raridades da região: as Mamoas do Taco, sepulturas coletivas do período Neolítico. É agora tempo de seguir rumo à Cascata da Cabreia, em Sever do Vouga, cuja beleza, com a sua queda de água de 25 metros, faz todas as curvas valerem o esforço.
Seia surge no sopé ocidental da serra. É aqui que encontra a única estância de esqui natural, localizada na freguesia de Loriga. A importância do concelho assenta na vasta riqueza paisagística, patrimonial, cultural e gastronómica.

Coimbra
Seis percursos são propostos para conhecer os extensos 329 quilómetros. Termas e histórias de amor são cartão-de-visita.

Do Luso a Coimbra (43 km)
Para percorrer este trajeto comece por relaxar nas Termas do Luso. Usufrua das propriedades terapêuticas das suas águas, mas não dispense também as zonas de lazer, como a piscina termal, o duche Vichy, os banhos de calor e a termoterapia. Em modo relaxado, faça-se então à estrada. Faça uma paragem em Penacova e siga para a Cidade Universitária. Diz a canção que “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”, mas é na cidade que nos devemos perder à procura das suas belezas: a Torre da Universidade, a Universidade de Coimbra, que funciona há mais de 700 anos, a Porta Férrea, o Pátio das Escolas e as escadas da Via Latina. Visite o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, um dos cenários da história de amor de D. Pedro e D. Inês de Castro. Logo a seguir outro palco do amor trágico: a Quinta das Lágrimas, hoje um hotel de luxo, onde se encontra um dos ex-líbris da célebre história, a Fonte das Lágrimas.

Da Lousã ao Piódão (95 km)
O Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, abrange uma área de cerca de 33.000 m2 de Reserva Ecológica Nacional. Aqui não faltam atividades para toda a família, já que integra um parque de vida selvagem, uma quinta pedagógica, labirinto de árvores de fruto, roseiral, centro hípico e o Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais. Pelo caminho, desfrute da paisagem natural única e não se surpreenda se se cruzar com burros, corujas, esquilos, raposas, linces e lamas. Visite o castelo da cidade e ponha-se a caminho para almoçar em Vila Nova de Poiares uma chanfana, confecionada e servida num caçoilo de barro preto. Por entre curvas e contracurvas siga para o concelho de Góis. Mesmo antes de chegar, encontra a Aldeia de Xisto da Comareira. A região que engloba os concelhos de Pampilhosa da Serra, Mortágua, Arganil e Góis, e que se estende a Penacova, Oliveira do Hospital e Tábua, reúne condições únicas de visibilidade e níveis de (pouca) poluição luminosa ideais para obter a certificação “Dark Sky” nas Aldeias do Xisto. Esta distinção classifica os melhores céus para a observação astronómica. Siga, depois, em direção ao concelho de Arganil para encontrar a Aldeia Histórica do Piódão. Ao chegar, repare nas casas encaixadas umas nas outras e perfeitamente organizadas, que tornam este lugar tão especial. As habitações destacam-se pelas tradicionais paredes de xisto, teto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas de azul. Suba até ao topo da aldeia, onde um miradouro o espera. Siga o caminho pedestre da Foz D’Égua e mergulhe nas águas límpidas da praia fluvial.

Leiria
Pelos caminhos de Leiria são 167 km com castelos, mosteiros e lagoas de beleza sem fim.
Das Serras de Aire e Candeeiros à Batalha (20 km)

A viagem começa pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros considerado o mais importante repositório de formações calcárias existente no país. A par das Grutas de Santo António, umas das mais bonitas da região, as Grutas de Alvados, descobertas em 1964 por um grupo de trabalhadores das pedreiras de calcário, são um tesouro escondido. Outro complexo de grutas que merece visita localiza-se na outra Serra (Candeeiros) que dá nome a este Parque Natural, as Grutas de Mira de Aire. Embarque aqui numa viagem ao mundo das estalactites – formações rochosas suspensas no teto - e das estalagmites - que “crescem” do chão. Desça em direção a Porto de Mós e daí em direção à vila da Batalha. Não deixe de visitar o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e a Pia do Urso, uma pequena e bela bacia de água habitada por anfíbios e com a figura do urso que, segundo a lenda, vinha até aqui matar a sede. Uma vez na Batalha a visita ao Mosteiro é obrigatória. A igreja, com 32 metros de altura, conquista o título de a mais alta de Portugal. Além disso, foi a primeira a ser construída inteiramente em pedra e os vitrais, do século XV, são os mais antigos do país. Lá estão depositados os túmulos de D. João I, de D. Filipa de Lencastre e dos filhos. Não perca, de hora a hora, o render da guarda em honra o Soldado Desconhecido.

De Leiria à Estrada Atlântica (12 km)
Em Leria visite o castelo que, do ponto mais alto da cidade oferece uma vista panorâmica de 360º. Se é amante de literatura portuguesa não perca as rotas de Leiria relacionadas com a literatura. A Rota dos Escritores passa por vários locais da cidade, com referência a autores como Eça de Queirós, Rodrigues Lobo, Miguel Torga ou Afonso Lopes Vieira. Se já leu “O Crime do Padre Amaro”, prepare-se para percorrer as ruas onde Eça de Queirós se inspirou para escrever o enredo da obra. Depois de provar o doce típico, Brisas do Lis, deixe Leiria para trás e siga pela EN 242 em direção à Marinha Grande. Aqui existe o único museu em Portugal especificamente vocacionado para o estudo da arte, artesanato e indústria vidreira. O Museu do Vidro está dividido em dois espaços: o Palácio Stephens, edifício de inspiração neoclássica da segunda metade do século XVIII, e o Núcleo de Arte Contemporânea. Sempre junto do mar, percorra a extensa Mata Nacional de Leiria, até chegar São Pedro de Moel, localidade com praia e um encanto singular.

Médio Tejo
São 197 km entre Abrantes e Vila Nova da Barquinha, com quatro sugestões de percursos, das quais destacamos:

De Ferreira do Zêzere a Abrantes (87 km)
É nas águas mansas do Zêzere que contemplamos o reflexo de Dornes em plena Albufeira de Castelo de Bode. Não deixe de subir até ao centro da vila, para admirar a singularidade da Torre Pentagonal templária. Atravessando o rio em direção à Sertã, vá até à Praia Fluvial do Trízio, onde encontra um centro de atividades náuticas com praia. O wakeboard leva o nome de Portugal ao mundo, já que tem a primeira estância mundial, numa extensão de 30 km, com cinco localizações distintas, entre os concelhos de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Sertã, Tomar e Vila de Rei, mais precisamente Aldeia do Mato, do Lago Azul, de Trízio, de Montes e de Fernandaires. Em Vila de Rei, no final da estrada, está assinalado o Centro Geodésico de Portugal Continental. Mesmo ao lado, faça uma sessão fotográfica no miradouro e aproveite para visitar o Museu da Geodesia. Retome a N2 e siga até a Aldeia de Xisto de Água Formosa, que brinda o viajante com um cenário idílico. Mais à frente, no Sardoal, experimente os sabores da cozinha fervida, acompanhada por vinhos produzidos no concelho. Se quiser provar os famosos peixes de rio de Mação, sente-se à mesa e peça lampreia, sável, achigã ou enguias. É tempo de seguir até Abrantes, onde se ergue o seu majestoso castelo, que desempenhou um importante papel estratégico na defesa da Linha do Tejo no período da Reconquista. O que também não deixa ninguém indiferente são os doces regionais, como a Tigelada e a Palha de Abrantes, ambas com origem nos conventos femininos da cidade.

Oeste
Quando se pensa em Oeste, a areia branca e o mar azul invadem de imediato o imaginário. São 153 km, quase todos pela costa.

Da Nazaré a Alcobaça (19 km)
No Sítio da Nazaré encontra o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, com a imagem de uma Virgem Negra esculpida em madeira. Existe também o miradouro do Farol, local privilegiado para apreciar as mundialmente famosas ondas do Canhão da Nazaré. Em vez de descer de carro para a vila, faça-o no pitoresco elevador e, uma vez cá em baixo, passeie pela marginal e descubra as tradições locais, incluindo as sete saias usadas pelas nazarenas. Este é também um dos poucos locais onde ainda se pode observar a tradicional seca do peixe ao sol. A Nazaré é ponto de partida para os Caminhos de Fátima, que ligam a vila costeira ao “Altar do Mundo”, a cerca de 40 km. Voltamos ao carro e seguimos pela Estrada da Nazaré em direção a Alcobaça. Pelo caminho faça uma paragem, com direito a compras, na Fábrica de Cristal Atlantis. Retomado o caminho, poucos minutos depois surge o Mosteiro de Santa Maria de Cós. Quem passa por esta relíquia do século XIII não tem ideia da beleza que se encontra dentro de portas. 8 km depois, chega-se ao Mosteiro de Alcobaça, Património Mundial da Humanidade, desde 1989. À semelhança de Coimbra, também aqui se celebra o amor de D. Pedro e D. Inês de Castro, já que os seus túmulos estão depositados na Igreja do Mosteiro, onde podem ser visitados.

De Óbidos às Berlengas (25 km)
Passear pelas ruelas labirínticas de Óbidos é caminhar pela História, entre recantos e jardins da zona da antiga Medina e testemunhos do gótico, passando pelo renascimento e pelo barroco. Construída ao longo dos séculos, a vila é uma autêntica obra de arte. Perca-se pelas ruelas e pelos recantos mágicos da vila, num constante sobe e desce que o levará ao ponto alto, o Castelo de Óbidos. Pelo caminho prove uma ginja servida em copo de chocolate, e descubra os muitos museus que a vila tem para oferecer. Em direção às Berlengas, pare em Peniche famosa pelo seu peixe fresquíssimo e pela Renda de Bilros, símbolo maior do artesanato da cidade. Siga em direção ao Cabo Carvoeiro para avistar o Arquipélago das Berlengas. Apanhe o barco até lá. Deslumbre-se com uma praia de areia branca e água azul clara, a Praia do Carreiro, um forte e um farol com panorâmicas privilegiadas. Perca-se pela reserva, descubra as grutas a bordo de uma pequena embarcação e não deixe de experimentar uma caldeirada com peixe acabado de pescar.